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Infomática ultrapassa os limites do espaço

Em pouco tempo, empresas e usuários domésticos irão recorrer a softwares e memória de serviços contratados

Carlos Correio

A computação em nuvem irá transformar os negócios do setor de Tecnologia da Informação, aposta o professor da FEEC da Unicamp, Fernando José Von Zuben. “Num futuro próximo, a tendência é de que não haja mais processamento e armazenamento de informações locais. Empresas e usuários domésticos irão recorrer a softwares e memória de serviços terceirizados”, diz. 

O engenheiro Carlos Guimarães acredita que a computação em nuvem vai crescer e expandir a atuação para além das empresas. “Vai ser mais ou menos como a internet é hoje”, diz. Segundo ele, com a disseminação de cloud computing, os softwares, plataformas e estrutura deixarão de ser vendidos e também serão compartilhados. “O Google saiu na frente e oferece serviços como o Google Docs, e-mail e outros aplicativos”, afirma o engenheiro eletrônico de sistemas digitais Maurício Fernandes. 

O diretor de operações da Bluepex, Nilton Souza, explica que, em vez de comprar uma máquina, o empresário compra um serviço. “Não é preciso comprar um software, o usuário paga pelo serviço de software, como se fosse um aluguel. O conceito de nuvem permite que os serviços sejam oferecidos em modalidades diferentes”, conta. 

Hoje, lembra Guimarães, o conceito de compartilhamento é bastante comum nos e-mails. Boa parte das empresas utiliza serviços de mensagem eletrônica em nuvem. “O Gmail, por exemplo, oferece 25GB e não costuma cair”, observa Fernandes. 

Usuários domésticos também serão atingidos pela tendência. O professor da Unicamp diz que cada vez mais a computação vai requerer a manipulação de grandes massas de dados. Sem o apoio de infraestruturas computacionais de grande porte, o acesso à informação vai rapidamente se tornar inviável. “O fato é que empresas como Amazon, Google e Microsoft estão investindo bilhões de dólares para disponibilizar recursos computacionais envolvendo milhares ou até milhões de computadores em rede, que manipulam bases de dados gigantescas e distribuídas. E a possibilidade de um usuário doméstico ter acesso a esses recursos computacionais paralelos e centralizados a baixo custo é real”, afirma.